Reforços do Fluminense para a temporada de 2025

                                                        a seleção está formada
 

    O ano de 2024 do Fluminense foi para se esquecer. Lembrar apenas do título obrigatório da Recopa. E dos erros, para que aprendam com estes. O planejamento para a temporada foi inteiramente cagado, visto as inúmeras correções que tiveram de ser feitas no meio do ano. 

    A primeira janela de transferências após a maior conquista da história do clube foi um verdadeiro escárnio, lançando muitas questões sobre o feito de 2023. A perda do melhor zagueiro, sem reposição, atraiu ainda mais olhares para as outras contratações. Apostas, veteranos e dinheiro jogado no lixo foi o que a torcida se deparou. Tanto que a janela de meio de temporada pareceu quase perfeita depois dos erros cometidos. Serna, Thiago Silva e, forçando alguma coisa, Bernal, ajudaram muito o time em momentos importantes. Além da chegada de Mano Menezes, que mesmo limitado cresceu muito o coletivo e o individual de cada atleta.

    Para a temporada atual, o maior reforço talvez tenha sido as inúmeras saídas e limpa no elenco. Sendo muitas delas de jogadores que chegaram em 2024 e mal acrescentaram.  Três delas eram essenciais: Felipe Alves, Lucumí, Marquinhos e Gabriel Pires. Por mais que não incomodassem quem acompanha o clube, estavam recebendo salário sem acrescentar em nada. Dinheiro que deve  ser gasto com quem realmente pode ajudar.

    Felipe Melo não ter renovado o contrato mantém viva grande parte da admiração que os torcedores sempre terão por ele. Por mais que 2024 tenha sido um erro, sua entrega e defesa do sentimento de ser Fluminense são louváveis, mesmo que seja um atleta e pessoa controversa. Diogo Barbosa, outro que não renovou, poderia ser útil, mas não é uma jogador insubstituível. Fica a gratidão pelo profissionalismo e entrega na lateral. 

    Um que compartilha a idolatria com a raiva em muitos momentos é John Kennedy. Ídolo da instituição, personagem folclórico, mas que muitas vezes nos deixou na mão. Quando precisamos dele no ano passado, não correspondeu. Além do extracampo pesado. Agora no México, todos torcemos para que volte bem para o nosso time em 2026.

    Terans é um mistério. 14 milhões de reais que pareciam uma oportunidade se tornaram um pesadelo. Dentro da "renovação de alma" feita com sucesso por Mano Menezes, o uruguaio foi um dos que figuraram o grupo. Ele já não vinha bem antes, com Fernando Diniz, e com Mano sequer entrou em campo. Sua ida para o Peñarol é um suspiro, mas sem aliviar muito. 

    Nesta troca de pneus com o carro andando, Mano trouxe dois jovens ao time principal. Kauã Elias e Esquerdinha. Os dois são figurinhas carimbadas nas seleções de base e sempre pareceram ter muita habilidade. O primeiro foi um salvador da temporada. Sangue novo, vontade e gols que nos livraram de uma série B. Saiu por um valor aceitável. Esquerdinha pareceu que iria engrenar e não aconteceu. A sua saída é uma vergonha, com uma venda totalmente abaixo do mercado, desperdiçando um atleta que poderia agregar muito em um futuro próximo. Fica na memória a entrevista de Kauã após o empate contra o Criciúma por 1x1.

    A última venda, Isaac, aconteceu dentro da negociação com o CAP na chegada de Canobbio. O jovem ponta nunca engrenou, apesar das chances recebidas. Que seja feliz e consiga ter uma boa carreira.

    Como uma reformulação é via de mão dupla, o Fluminense contratou 10 reforços até o dia 20 de Fevereiro. Com as saídas, algumas posições se tornaram prioritárias. Além disso, oportunidades de mercado surgiram, apostas e outros pedidos de Mano Menezes também foram cumpridos.

    A grande oportunidade na janela que o Fluminense aproveitou, com certeza, foi a contratação de Hércules por 29 milhões. Um atleta que por pouco não figurou a seleção do Campeonato Brasileiro, é relativamente jovem e com ótimas características. Os bastidores da chegada do volante ao Fluminense mostram como foi uma oportunidade criada pelo presidente.

    Uma aposta, que nesse momento não passa de incógnita, é a contratação de Paulo Baya. Não há muito o que falar. Não rendeu bem com o time alternativo do começo do Carioca, mas pouquíssimos ale aproveitaram a chance.

    Outra aposta mais concreta é o retorno de Marcelo Pitaluga. Pelo aspecto financeiro, é uma ótima chegada. O clube não gastou dinheiro e trouxe em definitivo um atleta que sempre foi tido como prospecto. No entanto, ele não conseguiu dar o salto esperado nos últimos anos. O Fluminense não perde nada com o que pode acontecer. Na mesma pegada, o jovem zagueiro Kayky Almeida, formado em Xerém e vendido ano passado por uma mixaria, retorna ao clube nos mesmos moldes que Pitaluga. Kayky Almeida sempre mostrou muita habilidade, mas a princípio retorna para as divisões de base. Deve aparecer no meio do ano.

    Três sulamericanos chegaram ao clube, mantendo uma tendência recente no mercado de transferências brasileiro. Canobbio, que já atuava no país, veio por uma quantia altíssima, tornando-se a maior contratação da história do clube. Com essa pecha, fica um pouco difícil compreender as circunstâncias dessa aquisição. No entanto, ainda é um jogador de seleção, nível série A e com muita entrega física. Vindo do Alianza Lima, do Peru, Freytes também foi outro jogador que custou muito aos cofres do clube. Precisando de um zagueiro canhoto, o Fluminense avaliou que ele poderia completar a defesa junto com TS3. Muito cedo para alguma análise, mas até então se provou um jogador um tanto inconsequente, meio maluco. O outro Uruguaio contratado foi Joaquin Lavega, que estava no Sul-americano sub-20, onde foi capitão da equipe. Custou mais de 20 milhões, mas era um dos grandes destaques da liga. A principio sua vinda é um misto de oportunidade com investimento futuro. Junto dos outros 2, ele é mais um que preenche uma posição carente no elenco.

    Com a saída de Diogo Barbosa, Renê é uma espécie de ídolo do clube por suas atuações contra o Fluminense na Libertadores de 2023. Deixando as brincadeiras de lado, ele possui o aval de Mano Menezes e características diferentes de Fuentes, o outro lateral. Uma oportunidade interessante, visto que o contrato não é longo e seu nível sempre foi de série A.

    Na última semana, dois reforços chegaram. Everaldo, centroavante do Bahia, vem substituir Kauã Elias. 4 milhões no mercado atual foi uma pexinxa, mas espera-se que seu futebol possa valer mais que isso. Importante ter características diferentes de Cano e ser muito voluntarioso. Otávio, vindo do Atlético-MG, completa a lacuna de volantes que ainda persistia. Não foi barato, mas pode ser útil e colaborar com o time em um ano de calendário extremamente intenso. Sua chegada parece indicar que Nonato não deve ficar em definitivo.

    Muitas chegadas e um 10 pode vir. O dinheiro gasto também aponta que uma SAF pode estar por vir. Esse ano o clube terá um grande desafio, mas um momento incrível de promoção de imagem para o resto do mundo. Resta aproveitar.

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