2021 DOS CARIOCAS

 * (TEXTO DE JANEIRO)

Terminado o ano, todas as pretensões e realizações dos 4 grandes cariocas agora ficam prontas para o debate e análise. Em uma temporada totalmente atípica, que deu sequência à outra também muito diferente, os times mal tiveram tempo para sua pré-temporada, com isso sem tempo para descanso e aprimoramento tático, algo que influenciou no jogo praticado. Assim, falemos um pouco sobre cada time. Fiquem livres para conversar aqui nos comentários.

BOTAFOGO

  Sendo 2020 um dos piores anos da história do clube, o alvinegro se adiantou na preparação para a temporada que viria na segunda divisão. Uma reforma no comando do futebol aconteceu ainda nas últimas rodadas da série A, encerrando aquele comitê que terrivelmente administrou e contratou sem critério algum. Freeland, o novo gerente, escolheu Marcelo Chamusca e uma série de jogadores mais "cascudos" para a missão de subir o time de novo para a elite. Os problemas começaram a aparecer no carioca, quando a campanha resultou numa Taça Guanabara sem glamour nenhum, na verdade, mais vergonhosa do que qualquer outra coisa, pois o clube não conseguiu nem o G4 geral da competição. Desta primeira etapa nada se tirou de positivo, exceto Chay, que foi "tirado" da Portuguesa da ilha e alguns outros reforços de clubes menores. Já estava claro que Chamusca não conseguiria levar o time para a primeira divisão, mas Freeland esperou até metade da série B para concluir isso, deixando o time na segunda metade da tabela e sem qualidade nenhuma apresentada. Porém, foi aí, do mais improvável, que surge Enderson Moreira, treinador substituto,  um dos protagonistas da arrancada que resultou no título do campeonato, com bastante merecimento, diga-se de passagem. O que poderia resultar numa tragédia, ficar mais um ano com receitas de série B, acabou sendo muito positivo para o clube, dando ainda mais gás para uma necessária re-construção.

VASCO

 Depois de uma história positiva e com reviravoltas como a do Botafogo, o rival alvinegro foi do completo oposto. Contratou jogadores que, teoricamente, tinham nível de série A e apostou no técnico Marcelo Cabo, que vinha de um bom trabalho no Atlético Goianiense, e nesse plano, tudo começou andando bem. Ainda fez uma limpa no elenco, com jogadores que já não tinham uso e espaço. A briga pelo título no campeonato carioca não foi visto como fundamental nem internamente, nem para a torcida. Do começo do ano o único fato a se salvar foi a vitória no clássico contra o Flamengo, impedindo um recorde rubro-negro, mas de futebol mesmo, nada se apresentou. E daí para pior, o otimismo e os elogios foram sumindo e nenhuma atitude da diretoria conseguiu reverter o que terminou sendo o pior ano da história do clube. Obviamente isso pode ser explicado pela troca de comando, sendo 3 diferentes durante a temporada, e com isso, a troca de estilos de jogo, sem afirmação de nenhum. Um ano para se esquecer, ou melhor, aprender.

FLAMENGO

 Numa escala diferente dos outros 3, o ano do Flamengo acabou por ser bem decepcionante. Para quem começou com Rogério Ceni, que por mais que tenha suas limitações para relacionamentos com o grupo, ainda tinha alguma ideia e plano de jogo, Renato Gaúcho complicou a vida dos torcedores. No entanto, o maior erro e ponto de desconfiança daqui para frente é a diretoria e o comando do futebol. A escolha de Renato já era um erro escancarado e se provou verdade quando o time caiu na Copa do Brasil jogando mal e porcamente, na Libertadores também sem lampejo algum e no Brasileirão, onde a preferência por mata-mata talvez tenha sido o seu veneno. Escolha essa que sempre foi identidade nos trabalhos de Renato. Resta ao clube aprender com as escolhas erradas.

FLUMINENSE

 Por último, o tricolor das Laranjeiras veio no seu retorno à Libertadores, competição que não disputava desde 2013. Mas a escolha nas contratações, além de ruim, pareceram totalmente em cima da hora. Um pacotão com jogadores de posições desnecessárias, com características semelhantes aos que já tinham no elenco e assim deixando de oferecer uma briga e variedade na posição. E o que se esperava do Roger Machado não se realizou, um time que, verdade seja dita, chegou a jogar um futebol de nível bom, mas se baseando em um estilo bastante desgastante, onde exauria ao máximo os jogadores de lado campo. Após sua demissão, Marcão conduziu o time no Brasileiro e na Copa, mas sem surpresas alguma. Faltam escolhas mais bem fundadas e pensadas, tanto no comando, como no plantel.

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