A temporada de 2024 começa a esquentar para os principais times do Brasil. As grandes competições já estão chegando nos primeiros momentos de tensão e maior competitividade que o público se interessa. Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão saíram da estação e o trem começou a embalar.(Sul-Americana está aí também, mas não está nos mesmos níveis). O que o Fluminense tem com isso? Ele figura nas três competições e ainda precisa convencer seu torcedor. Mesmo com o título da Recopa, muita coisa está faltando.
Por mais que o ataque tenha funcionado e os jogadores de frente venham fazendo boas partidas, o time precisa estar mais equilibrado para competir para valer. Até agora a zaga não se acertou. Manoel, sem ritmo depois de meses sem jogar, parece ter trazido mais segurança para o setor, ainda que esteja longe do melhor. Mas seu companheiro, Felipe Melo, não sustenta mais que 45 minutos em campo. Thiago Santos, improvisado, foi bem nos primeiros jogos da temporada, mas depois de um erro crasso na semifinal do Carioca, sumiu do time com uma lesão. Marlon parece estar com uma lesão muito séria. E Felipe Andrade, que rendeu bem como volante no time alternativo do estadual, precisa de ritmo de jogo para convencer, pois ainda entrega muito espaço para o adversário. A coisa parece que só vai melhorar com a volta do Thiago Silva, acertada para Julho
- BAGUNÇA NA PREPARAÇÃO FÍSICA E DM
A pré-temporada acabou sendo afetada pela disputa do mundial, que terminou quase no natal. O time que aparentemente estava acostumado com o estilo do Diniz, se esqueceu de combinar com o resto do corpo. A quantidade de lesões e a demora para achar a forma ideal(igual no ano passado) afetou bastante o rendimento do time. Em um elenco com muitos jogadores veteranos, o departamento médico tem sido o destaque e o mais comentado neste ano. Renato Augusto, Keno, Douglas Costa, Felipe Melo, Thiago Santos, Lelê, Manoel, Ganso, Samuel Xavier, Germán Cano, Gabriel Pires e Marlon estiveram, ou ainda estão, com o Filé(fisioterapeuta) em algum momento da temporada. Destaque para os dois últimos, que em breve vão pagar imposto no DM por terem estabelecido moradia por lá. Situação impressionante. Ainda mais pela falta de clareza do clube com o torcedor.
O tópico em questão funciona muito bem como uma continuação do anterior. O Fluminense tem repetido um feito em quase todas as suas partidas: destruir o primeiro tempo com as atuações no segundo. Todas as etapas finais do time no Campeonato Brasileiro foram ruins por inúmeros motivos. Seja a mexida do treinador, ou a não mexida, seja pela falta de energia dos jogadores, o time acaba se sabotando em quase todas as partidas. Outros motivos, como as decisões individuais dos atletas, o visível descompromisso, a falta de qualidade no banco de reservas e a enorme quantidade de desfalques prejudica bastante o clube até esse momento da temporada.
Um outro motivo para a queda de rendimento do Flu no ano, que merece um espaço próprio, ficou escanteado com o desenrolar da temporada. A janela de transferências do clube se provou totalmente equivocada. A começar pelo dinheiro alto gasto no Terans, que, pelo visto, não tem as características e não agrada Fernando Diniz. Muito pouco utilizado e, quando em campo, faz funções que não deveria e é mal escalado. A zaga foi o maior problema. Após perder um dos melhores zagueiros do país, de características únicas, o tricolor achou que a solução estava em casa. Isso resultou na frequente improvisação de jogadores e no pior sistema defensivo do Campeonato Brasileiro até aqui. Não consigo acreditar que Antonio Carlos tenha sido uma reposição ao Nino. Que, aliás, foi outra contratação totalmente equivocada. Ele não possui qualidade e características que o estilo de jogo adotado no Fluminense pede. Para completar, a volância não foi devidamente reforçada e o time também acaba improvisando e perdendo qualidade.
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